concordam quando o assunto é o tratamento da psoríase, salientando que, além da intervenção clínica medicamentosa, é recomendável a psicoterapia
cognitivo-comportamental como estratégia para a melhora ou controle da doença. Pesquisas na área são sugeridas para estabelecer correlações entre as variáveis investigadas no presente artigo.
As células que originam a pele têm uma ligação
muito próxima com as células nervosas. Observa-se que
muitas doenças da pele têm alguma relação com o
estado emocional da pessoa. As alterações emocionais
podem se manifestar por algum órgão do corpo,
chamado de “órgão de choque”.
A pele é um desses “órgãos de choque” e, certamente, sofre em função dessas oscilações emocionais.
Segundo especialistas da área, uma das formas
do indivíduo expressar insatisfação, mal-estar ou desconforto é por meio da somatização, ou seja,
através da liberação de maneira não intencional dessa emoção em um ou mais órgãos do corpo.
Menciona que o paciente que somatiza não se caracteriza pela incapacidade de vivenciar ou exprimir as emoções e sim pela incapacidade de suportar a contenção do excesso e da experiência afetiva.
A psoríase, assim como as outras dermatoses,
está associada ao stress no seu desencadeamento ou na
piora das lesões.
Além disso, na psoríase a própria doença está freqüentemente vinculada ao desencadeamento do stress emocional pelo constrangimento das lesões.
pacientes psicossomáticos, incluindo aqueles que sofrem de condições dermatológicas, dá atenção considerável ao predomínio de personalidades que têm um restrito estilo
cognitivo-afetivo, dificuldades de expressar verbalmente suas emoções, deficiências nas habilidades introspectivas e
são consideradas como personalidades alexetímicas.
alexetimia: eles reagem afetivamente negativos nas
emoções com o propósito de se protegerem dos outros.
Considerando-se que a psoríase tem uma relação
muito íntima com a área emocional, no seu fator desencadeador ou potencializador.
portadores de psoríase,sentem-se desprezíveis, sujos e intocáveis.
Temem ser isolados, rejeitados e apresentam fantasias
de abandono. Sentem a exclusão como falta de reconhecimento, no sentido da aceitação de sua identidade
como a rejeição que os coloca em uma classe, casta ou
condição inferior; sentem-se possuidores de uma identidade repugnante e sofrem frente a uma sociedade
que estabelece padrões ideais de beleza e de adequação.
O problema da pele acaba favorecendo sensações de
discriminação, inadequação e insatisfação quanto à
aparência física,transtornos de ansiedade,, transtornos de personalidade e de humor dificuldades associadas à imagem
corporal e às relações com outras pessoas
A sociedade cria um modelo de normalidade imposto a todos. Aquele que, por alguma razão, não se encaixar nesse modelo é visto como um desigual e não apenas como diferente.
A estigma despoja a pessoa de sua identidade social,A sociedade cria um modelo de normalidade imposto a todos. Aquele que, por alguma razão, não se encaixar nesse modelo é visto como um desigual e não apenas como diferente.
esvaindo-se de seus atributos de humanidade.
No caso da psoríase, os sentimentos de rejeição e de estigmatização podem estar presentes no cotidiano do paciente, podendo comprometer sua adaptação social, com os conseqüentes problemas no ambiente de trabalho,
dificuldades em situações públicas, como cabeleireiros,
clubes, mudança na forma de se vestir, além de significativas sensações de irritação e de angústia. Devido à
aparência física da doença e à auto-imagem prejudicada, o indivíduo pode ficar mais vulnerável ao stress.
explicando melhor: o organismo da pessoa com psoríase funciona totalmente diferente,é como se o corpo todo ou parte dele resolvessem declarar guerra, fazendo com que as células se multiplicassem fora do comum.
Para se ter uma idéia, uma célula da epiderme, em circunstâncias normais, vivem 28 dias - tempo que envolve nascimento, multiplicação e morte. Dentro de um quadro de psoríase, este ciclo de vida cai para 3 dias.